quarta-feira, 3 de setembro de 2008

RESSURREIÇÃO


A ascensão física ao céu do Filho de DEUS é um engodo dogmático, a pedra de tropeço da humanidade.

Assim falou INRI CRISTO:
"Equivocadamente, durante séculos a humanidade pensa que eu ressurgi de carne e osso e assim fui para o céu. Isso é um absurdo, um desvario pois, além de atropelar a lógica, é contra a natural lei de DEUS estabelecida no tempo de Adão ("Tu és pó, do pó tu foste tomado e ao pó retornarás" - Gênesis c.3 v.19). Eu ressurgi em espírito e assim apareci às pessoas. Todavia, a fim de evitar adentrar a senda da divagação, é necessário estabelecer a distinção entre ressurreição, ressuscitação e reencarnação.
Ressuscitar significa retornar à vida física, reassumir o corpo que estava aparentemente morto, o que os doutores denominam catalepsia. Uma pessoa que aparentava estar morta e torna a viver ressuscitou, a exemplo de Lázaro e da filha de Jairo, há dois mil anos. Eu havia dito que ambos estavam apenas dormindo (João c.11 v.11 e Marcos c.5 v.39). Lázaro já estava no sepulcro havia três dias, evidentemente expelindo um odor desagradável devido à falta de higiene, e quando o chamei ele veio ao meu encontro (João c.11 v.1 a 46). A filha de Jairo igualmente ressuscitou quando eu disse em alta voz: "Levanta-te!" (Marcos c.5 v.41). Neste século, meu PAI, SENHOR e DEUS, através de minhas mãos e de minhas palavras, também operou notórios milagres (ver circular intitulada Os Primeiros Milagres no livro DESPERTADOR 1ª parte).
Reencarnar é renascer fisicamente, recolher o corpo virgem vindo das entranhas de uma mulher. Dizem os ignorantes, órfãos da espiritualidade, que reencarnação é um termo exclusivo dos espíritas. Ora, reencarnação significa renascimento físico, retornar à carne, e espíritas são todos aqueles que crêem na existência do espírito, e não algum grupo de fanáticos isolados que porventura reivindiquem para si este termo. A reencarnação faz parte do contexto da lei divina e consta diversas vezes nas Sagradas Escrituras. Por exemplo: quando o anjo, falando do nascimento de João Batista, anuncia que o mesmo viria com o "espírito e a fortaleza de Elias", ele está afirmando ser João Batista o profeta Elias reencarnado (Lucas c.1 v.13 a 17). Eu, quando me chamava Jesus, confirmei quando disse: "... ele mesmo (João Batista) é o Elias que há de vir (Mateus c.11 v.13 a 15, Mateus c.17 v.10 a 13, Marcos c.9 v.11 a 13), pois nas Escrituras foi predito que antes do Messias devia vir o Elias (Malaquias c.4 v.5). E ainda disse a Nicodemos que só nascendo de novo ele poderia ver o Reino de DEUS (João c.3 v.1 a 3). Também falei aos discípulos, na última ceia, que não beberia mais do fruto da videira até aquele dia em que o beberia de novo com eles no Reino de DEUS (Mateus c.26 v.27 a 29, Marcos c.14 v.24 e 25). Uma vez que, obviamente, espírito sem corpo físico não bebe vinho, eu só poderia tornar a bebê-lo reencarnado, renascido fisicamente. Certa ocasião, tendo sido curado um cego de nascimento, perguntaram os discípulos: "Mestre, quem pecou, este ou seus pais para que nascesse cego?" (João c.9 v.2). Ora, como poderia ser imputado o pecado ao cego de nascença se ele não tivesse infringido a lei em anterior encarnação? No Antigo Testamento, no relato do martírio dos sete irmãos macabeus e de sua mãe, ao ser torturado, um deles disse: "Do céu recebi estes membros, mas agora os desprezo pela defesa de suas leis, esperando que DEUS me tornará a dá-los um dia" (II Macabeus c.7 v.11). Aí está claro que estava falando da reencarnação. Aliás, só ela põe lógica nas desigualdades entre as pessoas (ver Reencarnação no livro DESPERTADOR 1ª parte). Eu retornei, voltei à terra, conforme havia prometido, através da reencarnação. Eu que vos falo sou o Primogênito de DEUS, Adão, que reencarnei como Noé, Abraão, Moisés, David, etc., depois como Jesus e agora como INRI. INRI é o meu novo nome, o nome que Pilatos escreveu acima de minha cabeça quando eu agonizava na cruz, quando cuspiam em meu rosto, quando me humilhavam, quando se cumpriam as Escrituras ("Ao que vencer... escreverei sobre ele o nome de meu DEUS... e também o meu novo nome" - Apocalipse c.3 v.12). A lei da reencarnação não só está explícita na Bíblia como também foi ensinada na doutrina cristã até o século VI (ano 543), da qual foi suprimida por um erro histórico protagonizado pelo imperador Justiniano (ver Anais da História no livro DESPERTADOR 1ª parte).
A ressurreição é o reaparecimento, a manifestação do espírito de alguém que desencarnou. Às vezes, num mesmo recinto, um espírito que ressurgiu pode ser visto por apenas uma ou mais pessoas, todavia raramente por todos; a silhueta que se apresenta é geralmente aquela correspondente à última imagem que a pessoa desencarnada deixou ao transcender para o plano cósmico. Quando apareci a Tomé, ao mostrar-lhe as marcas da crucificação, dizendo: "Põe aqui teu dedo, vê as minhas mãos, Tomé" (João c.20 v.27), se ele tivesse tentado tocar as feridas teria deparado com o ar, porque era só o meu espírito que se via.
As pessoas se equivocaram durante dois mil anos pensando que eu ressurgi de carne e osso e assim subi ao céu. Como eu poderia ter subido ao céu de carne e osso se lá não existe ar para respirar nem nutrição para sustentar um corpo físico e a temperatura confina zero absoluto, ou seja, 273ºC negativos? Além disso, teria subido nu, posto que os soldados romanos sortearam minhas vestes entre si (João c.19 v.23 e 24). Na verdade, enquanto os soldados procuravam abrigo para se protegerem durante a tempestade que DEUS propiciou com este intuito, Ele mandou servos fiéis recolherem meu corpo, cobri-lo com novos lençóis e escondê-lo numa sepultura anônima, a fim de que cessasse a ultrajante sessão de escárnios e deboches que perdurava, mesmo depois da crucificação e conseqüente desencarnação. Após este evento, eu reapareci unicamente em espírito e por isto entrava nas casas estando as portas fechadas (João c.20 v.19 e 26), ou incorporado no físico de outrem.
A caminho de Emaús, dois discípulos falavam sobre minha crucificação com um forasteiro e não enxergavam que na realidade era eu quem estava caminhando com eles. Tendo declinado o dia, convidaram o homem para cear, e só na hora de partir o pão, pela minha forma peculiar é que me identificaram (Lucas c.24 v.13 a 35). E eu vos pergunto, meus filhos: tendo os discípulos convivido comigo durante tanto tempo, por acaso não teriam me reconhecido se eu estivesse usando o mesmo corpo que tinha antes da crucificação, até porque seriam notórias as feridas? É óbvio que me reconheceriam. Isso não aconteceu porque eu estava usando o corpo do forasteiro; só na hora de partir o pão é que eu me manifestei e, com meu gesto inconfundível, eles, então, conscientizaram-se de minha presença. O mesmo aconteceu à Maria Madalena quando foi ver o sepulcro no dia seguinte à minha crucificação. Ela, não sabendo que era eu, perguntou sobre mim ao jardineiro, e só depois percebeu que era eu, porque eu estava incorporado no jardineiro, usando seu invólucro carnal para falar com ela; ao contrário, se fosse meu corpo, ela teria me reconhecido incontinenti, até porque minha silhueta, minha imagem não é comum nem desprovida de carisma (João c.20 v.14 e 16).
Agora podeis compreender, meus filhos, o que realmente aconteceu há quase dois mil anos. Eu reapareci espiritualmente às pessoas; o meu corpo foi devolvido à mãe Terra e, cumprindo o prometido, voltei através da natural lei da reencarnação, recolhendo meu corpo físico das entranhas de uma mulher, com a mesma forma de antes da crucificação, como podeis atestar através do Sudário. Antes, porém, do meu dia de glória cumpre-se a profecia expressa nas Sagradas Escrituras ("Mas primeiro (antes de seu dia de glória) convém que ele (Cristo) sofra muito e seja rejeitado por esta geração" - Lucas c.17 v.25 a 35). A coerência, a lógica e a verdade são indissociáveis. Os sensatos meditam..."

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