sexta-feira, 25 de julho de 2008



As discípulas de Inri Cristo, Asusana e Alíbera têm feito sucesso na internet cantando versões para diversos hits do pop, como “Umbrella”, da sexy symbol Rihanna.
As versões “místicas”, como elas chamam, divulgam a palavra do líder religioso que diz ser o próprio Jesus Cristo.
O mtv.com.br entrevistou as discípulas para saber mais sobre as versões, o sucesso e, claro, Inri Cristo. Confira!

MTV.com.br - Como surgiu a idéia de fazer versões “místicas” para sucessos mundiais?
Alíbera (discípula) – Tudo começou como uma brincadeira. Cantávamos umas músicas para alegrar o Inri, porque às vezes ele fica meio pra baixo, com tantas notícias ruins que aparecem na TV. Cantávamos umas músicas antigas, da Dalva de Oliveira, que o Inri gosta. Daí gravamos “Plágio Divino”, que uma versão para “A Banda”, do Chico Buarque. Colocamos na net, mas nem imaginávamos que ia dar tanta repercussão!
Vocês sabem se o Chico Buarque ouviu a versão para “A Banda”?
Alíbera – Que eu saiba não! (risos) Mas espero que todos os artistas gostem, porque a gente faz isso porque gosta das músicas. E também não há nenhum comércio envolvido.
E o que acham, por exemplo, que o Chico vai falar se cantarem isso na frente dele?
Alíbera – Com certeza cantaríamos isso pra ele. Acho que ele ia rir muito!
Vocês pretendem lançar um CD e fazer shows?
Alíbera – Vamos disponibilizar as músicas em MP3, para todo mundo baixar de graça. Não queremos ganhar nenhum dinheiro com isso. E já nos procuraram para shows. Mas somos tímidas, cantamos debaixo das árvores, agora ir ao grande público é outro assunto. Vamos ver.
Como é o processo para se fazer uma versão?
Alíbera – A gente escolhe a música, ouve bastante a original e começa a compor a letra. Pega algumas coisas que estão ali, mas sempre damos umas palpitadas.
E quem escolhe as músicas?
Alíbera – Por exemplo, “Umbrella”, foi a apresentadora Alarissa, de 20 anos, e a Assinoê, de 29 anos, que fizeram. Elas são mais jovens, ouvem essas músicas.
Mas alguém já era cantora?
Alíbera – Não somos cantoras e não sabemos cantar nada! Nem tocar berimbau, que só tem uma corda... (risos) Por isso que cantamos as músicas dos outros.



O que o Inri acha das versões?
Alíbera – No começo, ele não
gostou da “Umbrella”, porque é um batidão, uma música bem moderna. Ele
gosta mais dos clássicos. Mas depois ele acabou gostando de todas as
versões.
Como você se tornou uma discípula?
Alíbera – Cada uma tem sua história. Eu vi o Inri pela TV e rejeitei, porque era católica, achei um absurdo alguém falando que era Cristo. Daí fui conferir ele de perto e nunca mais deixei de segui-lo.
Qual é o significado dos nomes de vocês?
Assinoê (discípula) - Nossos nomes têm significados místicos e tem
a ver com a missão de cada discípulo. Meu nome provém do grego e quer
dizer “força de caráter”.
Alíbera (discípula) – O meu é porque eu tive que conquistar minha liberdade para me tornar uma discípula. Então, é aquela que conquistou a liberdade.
Asusana (discípula) – O Inri me deu esse nome porque disse que
eu tinha um jeito puro de ser. Susana quer dizer lírio puro, mas o A na
frente diferencia todas as discípulas.
Como está sendo o resultado das versões? Já ganharam fãs ou angariaram novos discípulos?
Alíbera – Discípulos não, porque não é fácil se tornar um. Mas ganhamos muitos fãs! Temos comunidades no Orkut... As músicas também são uma forma de humor, de alegrar as pessoas. Elas mostram a filosofia do Inri de uma forma descontraída. Têm gente que já comentou que faz litros e litros de xixi de tanto rir! (risos)



Vocês já cantaram vários gêneros musicais, mas não fizeram ainda um heavy metal. Fariam isso?

Alíbera – Claro! A gente fez uma versão para “Crusaders”, do Saxon. Ela se chama “Reis dos Reis”, mas ainda fizemos a parte instrumental. A Assinoê é discípula e metaleira, então está entrando em contato com uns amigos para nos acompanhar.
Mas vocês cantariam uma música do Slayer, que é considerada uma banda satânica?
Alíbera – A gente transforma a música deles! E também eu acho que esses
metaleiros que propagam o satanismo, na verdade estão revoltados com
algo. Porque se você estudar sobre religião, vai ver que tem muita
coisa podre. Muita gente morreu na inquisição, milhares de livros foram
destruídos. Esses metaleiros não conhecem o Deus verdadeiro. O que mais
tem nessas igrejas é a comercialização, um Jesus que eles vendem. Eu
mesma, se não conhecesse o Inri, seria atéia.
Você pode adiantar qual será a próxima versão?
Alíbera – Ah, é surpresa! O que podemos dizer é que será cantada em espanhol.
Quer deixar uma mensagem para os fãs?
Alíbera – Nosso intuito é que vocês parem para raciocinar ouvindo nossas músicas. Podem se divertir, mas pensem um pouco: Inri Cristo voltou.

Daniel Vaughan

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