Entrevista de INRI CRISTO à Faculdade de Ciências Políticas de Curitiba
1 – Qual seria o propósito do seu grupo religioso?
INRI CRISTO: “Resumidamente, propiciar a consolidação do Reino de DEUS sobre a Terra. Há dois mil anos, ensinei-vos a orar assim: ‘PAI Nosso, que estais no céu, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino...’. Em atenção às súplicas do meu povo, o ALTÍSSIMO reenviou-me aqui na Terra com a missão de instituir o seu santo reino e reconduzir os seres humanos ao caminho da luz e da lei divina. A SOUST (Suprema Ordem Universal da Santíssima Trindade) nasceu em 28/02/1982 através de um iconoclasta ato libertário que perpetrei no interior da catedral de Belém do Pará, culminando com a instituição e formalização do Reino de DEUS sobre a Terra, na formação de um só rebanho e um só pastor (João c.10 v.16), ao mesmo tempo em que sinalizou o rompimento do meu vínculo com a única igreja que deixei antes de ser crucificado, a proscrita igreja romana (meretriz do Apocalipse c.17). Quando eu disse há dois mil anos: ‘O Reino de DEUS não vem com aparato (aparência exterior), porque eis que o Reino de DEUS está no meio de vós’ (Lucas c.17 v.20 e 21), nem mesmo os discípulos que registraram essas palavras à posteridade conseguiram alcançar seu real e profundo significado. Eu estava lhes dizendo que o Reino de DEUS se inicia no meu corpo (cuja aparência nada se compara à suntuosidade dos palácios onde geralmente se situam os reinos terrestres) e se estende aos que guardam os ensinamentos que ministro da parte de meu PAI, cujos corações são receptáculos e emissores da luz divina. E assim o Reino de DEUS está dentro de cada um de meus filhos que vive em sintonia com a lei divina, pondo em prática os preceitos do amor de DEUS e observando os santos mandamentos, em harmonia fraternal. É dessa forma que o Reino de DEUS deve em primeiro lugar consolidar-se no interior de cada integrante da SOUST para então se consolidar sobre a Terra”.
2 – Na sua visão, como seria a sociedade perfeita?
INRI CRISTO: “Não existe sociedade perfeita, isso é utopia. Perfeito é só o SENHOR DEUS, meu PAI. Mas a sociedade ideal seria aquela em que os seres humanos colocassem DEUS em primeiro lugar (o DEUS que fez os homens, Supremo CRIADOR, único ser incriado, único eterno, único ser digno de adoração e veneração, único SENHOR do Universo, meu PAI, não o “deus” que os homens fizeram) e se conscientizassem da lei de DEUS (que sintetizada em duas palavras consiste em ação e reação, ou causa e efeito), e então vivessem como parte do contexto biológico respeitando a natureza, sem a ambição desenfreada de dominar mais e mais... Na verdade, uma sociedade ideal só pode existir quando cada membro desta sociedade é capaz de viver pacificamente no isolamento do seu ambiente mais restrito. E a paz verdadeira, duradoura, só é possível encontrar na comunhão íntima com o CRIADOR; os seres humanos vivem momentos efêmeros de satisfação, todavia estão sempre insatisfeitos posto que estão em constante busca de algo que está dentro de si mesmos. Eu vos digo em verdade que só no SENHOR os seres humanos encontrarão a satisfação, a serenidade, a paz, e só assim é possível a existência de uma sociedade relativamente ideal e feliz”.
3 – Acredita na possibilidade de uma sociedade regida sem políticos e Estado controlando o cidadão? Se sim, qual seria a sua alternativa?
INRI CRISTO: “Em todas as sociedades, desde as formadas de animais selvagens ou de seres humanos, existem os líderes e os liderados, os que comandam e os comandados. Isso faz parte da natureza criada por DEUS. Dentro desta ótica, mesmo que não existam políticos na sociedade humana, sempre existirão os que nascem com o dom natural de liderar, organizar, comandar. Dentre as alternativas viáveis, a ideal é a sociedade teocrática, regida pelo ALTÍSSIMO; Ele escolheria o governante em cada povo. Todavia, considerando a inviabilidade de pôr essa alternativa em prática na atual conjuntura – posto que os chamados governos teocráticos são governos falsamente teocráticos, são governos dominados por homens – então, o único sistema político viável é a democracia plena. A democracia plena é regida pela vontade popular, mas democracia plena significa imprensa livre, não imprensa disfarçadamente controlada pelo governo no afã de desinformar a população e assim se perpetuar no poder. Democracia plena significa o povo no poder, e o povo no poder significa que o povo deve escolher um membro do povo. Quando o povo está no poder não é obrigado a votar, ele vota se quiser, se houver um candidato à altura de suas expectativas. Se não houver nenhum candidato de confiança, o povo não precisa se deslocar para votar, ele pode permanecer em casa. E assim os candidatos é que têm que se alternar até conseguir conquistar a confiança dos eleitores. Isto seria democracia plena, porque a democracia em que o indivíduo necessita sair de casa para votar, mesmo não havendo um candidato confiável, é uma pseudo-democracia. Se o indivíduo tem que sair de casa para votar significa que alguém lhe ordenou, alguém teve poder sobre ele, e este alguém não é o povo e sim um ditador ou um regime ditatorial. Quando o povo deveras está no poder, ele escolhe o seu líder, seu príncipe, sem obrigação de votar. Obrigar o povo a votar já é prova da incompetência do príncipe, do candidato”.
4- Nos períodos de campanha política o senhor via os programas políticos?
INRI CRISTO: “Claro, mas assistia com desprazer, como um observador crítico. Para mim sempre foi desconfortável assistir ao desfile de mentiras e promessas falazes que jamais seriam e jamais serão cumpridas. Meu PAI disse que tenho a obrigação de manter-me atualizado sobre tudo o que acontece não só na América Latina, mas também na Ásia, na África, na Europa, enfim, em toda a dimensão terrestre, principalmente no país que Ele me concedeu como pátria. Devido à minha condição representativa, tenho a obrigação de acompanhar o comportamento político e sociológico de todos os governantes. E agora com a globalização, com a internet, com os meios de comunicação se interligando, dentro daquilo que é possível numa mídia tendenciosa, mantenho-me sempre bem informado sobre a realidade mundial”.
5- Eles lhe ajudaram a escolher seu candidato ou o sr já o tinha em mente?
INRI CRISTO: “Eu não tinha nenhum candidato em mente, tampouco consegui ser convencido por qualquer programa político”.
6- Em quem o sr. votou?
INRI CRISTO: “Felizmente, na ocasião da eleição eu estava em trânsito, aqui por Brasília. Ainda não foi possível transferir meu título nem o de meus discípulos e discípulas para o Distrito Federal, pois faz pouco tempo que a sede da SOUST foi transferida para cá. Então, tivemos que justificar a ausência neste último pleito”.
7) O que o sr espera do atual governo?
INRI CRISTO: “Como eu tenho consciência de que ninguém ascende ao poder sem a anuência do ALTÍSSIMO, que escreve direito mesmo que por linhas tortas, espero que meu PAI, SENHOR e DEUS inspire o presidente eleito a fim de que, mesmo face ao quadro político nacional, à mercê desse festival de denúncias de corrupções, faça alguma coisa para mitigar o sofrimento do povo”.
8) Crê que o governo deve se envolver nas questões religiosas? Ou deve permanecer laico?
INRI CRISTO: “O governo que se envolve nas questões religiosas é sempre tendencioso; como já disse anteriormente, na atual conjuntura é inviável, utópico existir um governo teocrático. Ortodoxo é o governo laico, a exemplo da França, onde é proibido expor símbolos religiosos nas repartições públicas. Aqui no Brasil o cidadão chega a um órgão militar, um fórum, uma prefeitura, ou o próprio palácio do governo e está sujeito a deparar-se com símbolos de idolatria. Isto é inconstitucional, pois a constituição prevê que o direito é igual para todos. Como fica o direito dos judeus, dos ateus, dos evangélicos quando chegam a um local público que impõe, por exemplo, uma estátua da madona, cognominada “mãe de deus”? Se a constituição e o direito sagrado dos cidadãos fossem respeitados, o governo não se envolveria nas questões religiosas, como acontece na França, que deveras é um país laico e ninguém é obrigado a curvar-se a nenhuma religião (refiro-me à França porque, durante o tempo que lá vivi falando ao povo nas praças públicas e convivendo em suas casas, tive a oportunidade de perceber que o povo francês usufrui de liberdade consciencial). Eu ainda desejo e espero ver o Brasil laico. A liberdade consciencial seria salutar para todo o povo brasileiro. Imaginem que o Brasil tem um dia de veneração a uma estátua (que a princípio fora encontrada sem o órgão principal, carecendo que lhe agregassem justo a cabeça) estabelecido por um ex-ditador que se suicidou. Ele decretou o dia 12 de outubro em “homenagem à padroeira do Brasil”. Onde está o respeito às outras religiões, às outras crenças? Isso é um absurdo! Notai bem, meus filhos: se o ditador que decretou o dia de “homenagem à padroeira” posteriormente se suicidou, não seria de rever este decreto ao longo dos tempos, até para que o Brasil tivesse como padroeiro unicamente o ALTÍSSIMO? (“Eu sou o SENHOR, este é o meu nome, não darei a outro a minha glória nem consentirei que se tribute aos ídolos o louvor que só a mim pertence” – Isaías c.42 v.8)”.
INRI CRISTO: “O governo que se envolve nas questões religiosas é sempre tendencioso; como já disse anteriormente, na atual conjuntura é inviável, utópico existir um governo teocrático. Ortodoxo é o governo laico, a exemplo da França, onde é proibido expor símbolos religiosos nas repartições públicas. Aqui no Brasil o cidadão chega a um órgão militar, um fórum, uma prefeitura, ou o próprio palácio do governo e está sujeito a deparar-se com símbolos de idolatria. Isto é inconstitucional, pois a constituição prevê que o direito é igual para todos. Como fica o direito dos judeus, dos ateus, dos evangélicos quando chegam a um local público que impõe, por exemplo, uma estátua da madona, cognominada “mãe de deus”? Se a constituição e o direito sagrado dos cidadãos fossem respeitados, o governo não se envolveria nas questões religiosas, como acontece na França, que deveras é um país laico e ninguém é obrigado a curvar-se a nenhuma religião (refiro-me à França porque, durante o tempo que lá vivi falando ao povo nas praças públicas e convivendo em suas casas, tive a oportunidade de perceber que o povo francês usufrui de liberdade consciencial). Eu ainda desejo e espero ver o Brasil laico. A liberdade consciencial seria salutar para todo o povo brasileiro. Imaginem que o Brasil tem um dia de veneração a uma estátua (que a princípio fora encontrada sem o órgão principal, carecendo que lhe agregassem justo a cabeça) estabelecido por um ex-ditador que se suicidou. Ele decretou o dia 12 de outubro em “homenagem à padroeira do Brasil”. Onde está o respeito às outras religiões, às outras crenças? Isso é um absurdo! Notai bem, meus filhos: se o ditador que decretou o dia de “homenagem à padroeira” posteriormente se suicidou, não seria de rever este decreto ao longo dos tempos, até para que o Brasil tivesse como padroeiro unicamente o ALTÍSSIMO? (“Eu sou o SENHOR, este é o meu nome, não darei a outro a minha glória nem consentirei que se tribute aos ídolos o louvor que só a mim pertence” – Isaías c.42 v.8)”.
9- Como é seu relacionamento com as demais religiões?
INRI CRISTO: “Inexiste. Eu não tenho relações com as demais “religiões”, pois estou aqui na Terra pelos descontentes. Mesmo os líderes religiosos que usam meu nome antigo (Jesus) eu os olho com amor, porque, na luz de meu PAI, SENHOR e DEUS, que é em mim, continuo amando todas as criaturas que se movem sobre a terra. Na verdade eles estão me prestando um grande serviço, pois estão me poupando que uma legião de fanáticos venha me seguir. Graças ao proselitismo, à manipulação, ao monitoramento que exercem ao impor um cabresto nas ovelhas enganadas, eu posso me reunir com os descontentes e cumprir a missão que meu PAI me confiou, que é ensinar-lhes a lei divina, pois é só pelos descontentes que estou aqui na Terra. Então eu me reúno aos descontentes e preparo o dia do SENHOR, que ainda não chegou. E os mercenários da fé obviamente propiciam o cumprimento do que eu mesmo profetizei quando me chamava Jesus em relação ao meu retorno: “Mas primeiro (antes do dia de glória do SENHOR) é necessário que o Filho do Homem sofra muito e seja rejeitado por esta geração. Assim como foi nos tempos de Noé, assim será também quando vier o Filho do Homem” (Lucas c.17 v.25 a 35)”.
10- Como o sr vê o Brasil do futuro?
INRI CRISTO: “Eu vejo o Brasil do futuro atrelado ao plebiscito no qual o povo decidirá se devo ou não me manifestar sem interrupção e conseqüentemente expor o futuro do Brasil. Até porque, em toda história da humanidade, jamais um líder pôde conduzir seu povo sem exercer o direito da oratória. Mormente eu que vos falo só poderei expor a solução, o futuro do Brasil a fim de ajudar o meu povo, expressando-me livremente em cadeia nacional”.
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