Assim falou INRI
CRISTO:
"Certa
vez, um homem de bom coração estava descendo uma montanha cuja estrada traçava
curvas em forma de caracol, semelhante à Graciosa (antiga rota que liga
Curitiba ao litoral do Paraná), e de repente deparou com uma raposa que fingia
dormir no meio da estrada. O bondoso homem exclamou: "Pobre bichinho,
dormindo aqui corre o perigo de ser atropelado por um veículo!" E,
carinhosamente, removeu-a para o acostamento e continuou sua caminhada.
A
raposa fingida tão somente vendo o bondoso homem pelas costas já desceu
correndo pelo meio da mata e se deitou na curva seguinte. De novo simulando
estar dormindo, esperou o afável gesto do bondoso homem que, ao vê-la, pensando
ser outra raposa, repetiu a atitude anterior, dizendo: "Coitadinha! Pode
passar um carro e matá-la; vou removê-la para que possa repousar em paz e sem
perigo".
Mal
continuou sua caminhada, a raposa sem-vergonha, cretina, trapaceira e abusada,
no intuito de fazer o altruísta homem de bobo, disparou de novo ladeira abaixo
e prostrou-se novamente no meio da estrada, fingindo dormir um sono profundo. O
gentil cavalheiro, amante da natureza e da ecologia, ao deparar com a impúdica
raposa percebeu que estava sendo enganado e deu-lhe um generoso pontapé no
traseiro, vociferando: "Sai do caminho, raposa desgraçada!"
Assim,
da mesma forma acontece com o Unigênito de DEUS que vos fala, que pacientemente
socorre, levanta os filhos caídos remanescentes do verminoso vale dos mortos
vivos, do tenebroso principado das trevas, integrantes deste mundo caótico.
Chegam cambaleando, enfermos, desagregados, desajustados socialmente,
desempregados, endividados, em litígio familiar, sofrendo toda sorte de
chantagens do cônjuge, ameaças de inimigos, desamparados pela sorte, desgraçados
e na maioria das vezes encabrestados pelos falsos religiosos, exploradores da
fé. E eu os acolho, os liberto, os afago, os abençôo e ensino-lhes paciente e
afavelmente as leis de meu PAI, SENHOR e DEUS; ensino-lhes a começar uma nova
vida e como não serem atropelados pelo veículo do kajowo (satanás). E estes
seres degenerados, obstinados em violar a lei de DEUS, procedem como a raposa:
fingem assimilar os meus ensinamentos e, no final, quando se sentem
fortalecidos, abençoados, enriquecidos pelas graças divinas, correm ladeira
abaixo e se atiram no poço negro que é o verminoso mundo dos órfãos da
espiritualidade, igual à raposa, até que me canso de tantas descidas e subidas,
de tanto os levantar e vê-los descer de novo; constatando que não são nem frios
nem quentes, são mornos igual à raposa desta parábola, os vomito fora
(Apocalipse cap.3 vers.16).
Pior
que não ter, é ter e perder; só então percebem tarde, tarde demais, que eram
felizes sob a proteção divina."
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